segunda-feira, 12 de novembro de 2012


De 08 a 16 de novembro de 2012

Gostaria de poder participar mais ativamente desta bela iniciativa tão incentivada pela Luma, mas o tempo não está sendo amigo e os dias têm sido marcados por grandes batalhas e preocupações. Mesmo assim, no último final de semana, devido à ameaça de chuva e à falta de tempo para procurar um lugar mais criativo, peguei um livro, dos poucos que tenho comigo aqui em Sampa, e deixei numa prateleira do supermercado onde geralmente abasteço a despensa de casa. O bilhete, preso com um clips para que a pessoa que o encontrasse soubesse que o livro estava ali para ela (fiquei torcendo para que fosse algum daqueles rapazes que repõem os estoques...), estava bem evidente, entre a capa e a primeira folha. Espero que tenha dado certo! Ah! O livro é “1808”, de Laurentino Gomes.
Tenho muitos outros livros em casa, só que minha casa mesmo não é aqui, em Sampa, e sim em Paraty. Os que me conhecem melhor sabem que estou aqui devido a sérios problemas de saúde dos meus pais e, por isso, não posso distribuir mais livros, como gostaria. Lá costumo dar para os amigos – alguns começaram a gostar de ler depois que eu os presenteei com um livro – livros que li, gostei e penso que tem algo a ver com aquela pessoa. Alguns (poucos) chegam a me procurar para saber se tenho outro livro para dar, ou emprestar. Faço isso com o maior prazer e desprendimento. Afinal, ostentar uma estante cheia de livros caiu de moda faz um tempão, não é mesmo?
Agora, um fato curioso, ou fofoca, se preferir: a biblioteca municipal de Paraty é muito bem servida e sou um dos sócios contribuintes (segundo a garota que me atende, um dos pouquíssimos que contribuem, anualmente, com a ridícula quantia de R$ 20,00!). Devido à Flip (o maior evento literário, talvez do Brasil, que acontece por lá, geralmente no mês de julho, todos os anos), as editoras doam muitos lançamentos, fazendo com que a biblioteca esteja sempre atualizada e tenha um acervo que cresce bastante. O fato curioso – ou fofoca – a que me referi é que, possuidor de um bom acervo de boa literatura, quis doar os meus livros para a biblioteca e fui esnobado! A resposta que obtive da diretora foi que eu encaixotasse os livros, os entregasse lá e, se um dia eles tivessem tempo, examinariam para ver se serviam ou não! Inconformado, propus fazer uma planilha relacionando todos, com nome, autor, editora, etc., para que eles examinassem e ela disse apenas que não tinha tempo para ver essas coisas! Desisti da doação e fiquei com os livros em casa, prontos para serem oferecidos aos amigos que me visitam ou outros que sei que gostam de ler. E sempre peço que, após a leitura, os doem para outras pessoas. Não sei se fazem, mas eu peço. É dessa maneira que faço circularem os livros que adquiro.
Aqui em São Paulo, devido aos problemas com meus pais, acabo tendo pouquíssimo tempo para ler e, consequentemente, tenho pouquíssimos livros comigo. Escolhi “1800” por ser histórico, contar com humor a história da vinda da família real para o Brasil e, quem sabe, dessa forma, consiga atrair mais um leitor! Espero conseguir! Será uma vitória!
Sugiro a todos que pensem em uma forma de fazer com que mais pessoas se interessem pela leitura, pois é um caminho para difundir um pouco de conhecimento entre as pessoas, principalmente entre aquelas que não têm o hábito da leitura. Se você se interessar, clique aqui Blog Luz de Luma e leia o que ela fala a respeito do assunto. Com certeza ficará muito melhor informado do que com o que escrevi aqui. E não deixe de “esquecer” um ou mais livros por aí... é gratificante, é emocionante – você vai ver!


11 comentários:

  1. Oi Zeca,
    também estou participando do bookcrossing blogueiro. Postei hoje.
    Não conheço esse livro "1800" mas fiquei curiosa. Gostei do local escolhido por você para deixar o livro. Confesso que também me passou pela cabeça esse local, mas depois acabei escolhendo outro.
    Abraços de Portugal.
    Se quiser me visitar, este é o meu blog:
    PublicarParaPartilhar.blogspot.pt
    Rute

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    1. Oi, Rute!

      Que delícia receber uma visitante do país que escolheria para viver se não tivesse tantas responsabilidades por aqui! Amo Portugal! Amo a terrinha como se fosse minha! Já viajei por toda parte, desde Lisboa até o norte, retornando pela região de Trás-os-montes. O livro fala sobre a vinda da família real portuguesa para o Brasil, de uma maneira leve e bem humorada, mas com grande seriedade. Só agora me dei conta que errei o nome; o correto é "1808". Desculpe! Vou corrigir o texto no blog. É de autoria de Laurentino Gomes e, como pode ver, gostei bastante da leitura.
      Vou visitar o seu blog assim que puder.
      Obrigado pela visita.

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  2. Olá,
    estou conhecendo algum dos participantes do Book Crossing e cheguei aqui. Eu esto sempre doando livros, mas nunca em bibliotecas ou escolas públicas, também já fui esnobada e na verdade eles não têm muito interesse mesmo. Em uma escola municipal a diretora foi bem sincera, não tenho bibliotecária, não tenho espaço e tenho uma montanha de livro encaixotado que as editoras mandam para cá, portanto: Obrigado e adeus!
    Hoje sempre procuro centros culturais de ongs ou comunitários, até algumas igrejas que têm curso de alfabetização de adulto, eles geralmente agradecem sinceramente.
    Adoro o livro que você libertou, 1800 é demais. Conhece o livro "Um império à deriva" sobre o mesmo período?
    abs
    Jussara

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    1. Oi, Jussara!

      Obrigado pela visita. É uma pena que as escolas dêm tão pouco valor à literatura. Infeslizmente os próprios professores (não querendo generalizar!) são despreparados e, muitos deles, não têm o hábito da leitura. Isso é Brasil! Isso é reflexo dos nossos governantes, que apostam todas as suas fichas nas campanhas eleitorais, desprezando o conhecimento, a cultura, a informação. O "Império à deriva" é excelente! Narra minuciosamente os acontecimentos que antecederam a vinda da família real para o Brasil. Também gostei muito dele.

      Abraço.

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  3. Ah, Zeca! Não sei se a bibliotecária te esnobou, porque conforme fiquei sabendo, as bibliotecas estão sem pessoal para catalogar os livros e organizá-los. Algumas bibliotecas tem fechado por aqui, isso porque o nosso (des)governo não cria concursos públicos para os cargos e preferem contratar serviço temporário que se renova conforme a empresa que ganha a licitação - funcionalismo terceirizado. Já nas escolas, a coisa piora, pois colocam no cargo professoras não qualificadas. Todo o sistema educacional está errado!!
    Eu sei sobre os seus pais e do tempo que dedica à eles. Sobre isso, só tenho que admirá-lo!
    Li "1800" assim que foi lançado. É muito engraçado pensar que há 200 anos atrás, cerca de 3 navios estrangeiros chegavam ao porto do Rio todo dia. Eu imaginava que o Rio seria uma cidade pacata e que vir de navio da Europa não era tão fácil assim. Mas com a revolução industrial, o comércio do Rio foi inundado com produtos industrializados e alguns meio inúteis como cobertores e patins de gelo.
    Zeca, obrigada por participar do BookCrossing Blogueiro!!
    Boa semana!! Beijus,

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    1. Oi, Luma!

      Ela esnobou, sim, pois os livros enviados pelas editoras são catalogados e colocados à disposição do público imediatamente. Ela deve ter pensado que os meus livros eram ruins, velhos, sei lá o que. Mas isso só mostra o que acontece na grande maioria das bibliotecas (públicas, escolares, etc.) do nosso país: falta de vontade, falta de preparo, falta de tudo...
      Quanto ao "1800", eu sempre gostei muito de tudo que diz respeito ao período imperial do Brasil e a vinda da família real portuguesa foi o início de tudo. A abertura dos portos foi fundamental para a expansão da importação, pois aqui se tinha necessidade de tudo; desde tecidos até os urinóis de porcelana que hoje são usados como elementos decorativos (de mau gosto, na minha humilde opinião!).
      Participar do BookCrossing Blogueiro é uma satisfação para mim! Sou eu quem deve agradecer pela oportunidade!

      Beijo.

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  4. ATENÇÃO, AMIGOS!

    No texto publicado inicialmente, errei! Digitei "1800" ao me referir ao título do livro, quando o correto seria "1808". E na resposta que dei à Luma, acabei cometendo o mesmo erro novamente! Só depois, lendo o comentário da Rute (PublicarparaPartilhar) foi que me dei conta do erro, já devidamente corrigido. Peço desculpas por essa falha de atenção.

    Obrigado.

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    1. Pois é!! Na dúvida eu não quis te contrariar!! Ah, a novelinha que passa às 18hs está retratando esse período. E dizem foi escrita por muitas mãos pesquisadoras, mas disso é a Jussara que pode dizer; ela grande pesquisadora da TV e cinema nacional.
      Bom final de semana!! Beijus,

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    2. Luma!

      Vou confessar um segredo, mas que fique apenas entre nós, hein? Sou um noveleiro fanático! E, por conta disso, recusei-me a assistir a essa novela. Hoje, com os comentários de algumas pessoas amigas, acabo me sentindo arrependido, mas aindo resisto... senão, acabo preso diante da tv horas e horas a fio... rs.
      Bom saber que a Jussara é pesquisadora da TV e cinema nacional, vou correndo visitar o seu blog... que já estava na lista dos que quero conhecer.

      Bons feriados!

      Beijo.

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  5. Zeca,
    voltei depois do seu caloroso comentário. Você é muito simpático. Obrigada de coração.
    Aproveito para comentar mais um pouco por aqui, visto no outro dia eu estar com tempo reduzido.
    Aqui onde moro também tenho hábito de doar livros para a biblioteca e de emprestar livros a amigos. Tal qual aconteceu com você, da última vez que fui na biblioteca recusaram meus livros pelo fato das editoras doarem titulos. Então, peguei nos livros e dei para o centro comunitário vender na "Feira do Vende Tudo" mas também aí me disseram que aceitavam desta vez mas que livros não são artigo vendável. Ficam muito tempo estagnados na feira!!
    Ó céus, livros estagnados! Pode!? Isso nem aqui em casa acontece, pois eu passo a vida puxando os livros da estante para reler uma página ou outra.
    Escolhi aquele livrinho de alimentação porque é assunto que interessa a todos, facil de ler até para quem não tem hábito de leitura.
    E olhe que há muito português que não tem ou nunca teve hábito de leitura. Nossa!! Eu não vivo sem literatura à minha volta. A televisão podem levar que não faz falta, agora livros(!?) nem pensar!
    Abraços.
    Rute
    (aceita visitar este link do 4ºbookcrossing onde expliquei outra forma de emprestar livros? estou pensando expandir para o brasil)

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  6. Rute,
    creio já ter dito que o melhor nesses eventos é escolher um assunto de fácil absorção para despertar o interesse das pessoas. Depois, fica por conta do tempo... mas creio que, uma vez picado pelo inseto da literatura, estará contaminado, sem antídoto. Eu também adoro ler. Em minhas viagens por Portugal, comprei livros de alguns autores mais contemporâneos (os famosos e mais antigos, conheço quase todos!), como Agustina Beça Luis, Miguel Torga, Lobo Antunes, José Eduardo Agualusa, Mia Couto. Talvez tenha esquecido algum, como por exemplo, uma trilogia que conta a saga de uma família portuguesa da época das colônias até este século. Um dos ancestrais era ligado ao tráfego negreiro. Ainda tenho estes livros, mas não lembro o autor ou autora. Eles estão na minha outra casa, em Paraty - distante quase quatrocentos quilômetros de São Paulo. Também dai, sou fã de Fernando Pessoa, Eça de Queiroz, Florbela Espanca e José Saramago.
    Já percebeu que, quando começo a "falar", é difícil parar... risos. Vou visitar o link indicadodo 4º BookCrossing e depois comento a respeito.

    Um abraço.

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